Foto: Índice registra desânimo na economia / Foto: José Paulo Lacerda/CNI |
O Indicador de Incerteza da Economia, medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), teve alta de 44,5 pontos na prévia de abril deste ano e chegou a 211,6 pontos. Esse é o maior nível da série histórica.
O recorde anterior tinha sido registrado em 136,8 pontos, em setembro de 2015, de acordo com a FGV.
O componente de mídia, baseado na frequência de notícias com menção à incerteza na imprensa, subiu 35,5 pontos e atingiu o recorde de 196,5 pontos.
O componente de expectativa, construído a partir das previsões dos analistas econômicos, subiu 62,6 pontos e alcançou 226,1 pontos na prévia, o segundo maior nível da série, ficando abaixo apenas do nível de outubro de 2002 (257,5 pontos).
O índice busca mensurar a incerteza da economia brasileira a partir de informações coletadas dos principais jornais do país, do Índice Ibovespa e das expectativas do mercado financeiro acerca de variáveis macroeconômicas.
Na literatura econômica, choques de incerteza podem gerar impactos negativos tanto nas empresas, desmotivando investimentos e produção, quanto nas famílias, diminuindo a propensão ao consumo.
Além de existirem numerosas evidências empíricas desses resultados, outro impacto estudado recentemente é o da diminuição da eficiência da política monetária. Resultados preliminares para o Brasil sugerem que sob alta incerteza, aumentos da taxa de juros tem efeito reduzido no controle da inflação, por exemplo.
Da redação | PE+ Notícias
Com informações do Portal Espiaqui
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