13 de mai. de 2016

OPINIÃO: "Falta combinar com o povo"

Com a proximidade do período eleitoral, nas discussões políticas de Taquaritinga do Norte, muito tem se falado na "União Calabar", que trata-se nada mais nada menos do que um movimento para juntar os cacos do grupo vermelho, rachado com o rompimento entre o prefeito e o vice do município. O objetivo das principais lideranças situacionistas é fazer com que Evilásio Araújo e Lero se abracem novamente para disputar a eleição de outubro apoiando o mesmo candidato.

Totalmente questionável, a tão buscada 'união', de fato, de união não tem nada. Trata-se de um mero ajuntamento de interesses, com um interesse maior, que é não deixar o ex-prefeito e vereador Jânio Arruda (PSD) voltar a administrar o município. Esse é o principal fator que motiva os líderes vermelhos a se unir.

A 'briga' do grupo e as tentativas de união realizadas até o momento, fracassaram. O assunto saiu dos limites da 'Dália da Serra' e já ganhou repercussão no Polo de Confecções. Na região onde a costura é um dos principal meios vida, a vida do deputado Diogo Moraes e seu pai Oséas Moraes tem sido conversar com as duas metades Calabar, na tentativa unificar o dividido grupo vermelho. Apesar das tentativas de união, Diogo e seu pai não conseguiram impedir o início de uma verdadeira batalha interna entre Gena Lins e Lero, ambos pré-candidatos declarados, lutando com todas as armas para o nome de consenso.

Diogo Moraes participou de um evento da fatia vermelha que apoia a candidatura de Lero, com isso, automaticamente, o deputado deu a entender que caminharia com o vice-prefeito. A sinalização de apoio de Diogo foi tão evidente, que fez Lero afirmar durante entrevista na rádio Polo FM que mesmo se não houver "união" Diogo seguiria ele. No entanto, no dia seguinte, quarta-feira (11), o deputado deu pra trás e negou a afirmação de Lero. O que teria acontecido? Será que o evento onde o prefeito anunciou o empresário Gena Lins (PSB) como seu candidato fez Diogo mudar de ideia? De fato, o evento realizado pelo prefeito realmente abafou o evento do vice, isso todo mundo viu. Ficou claro então, que a candidatura de Lero não consegue ser abraçada pela sede do município.

Se vai haver "união" ou não, ainda não se sabe. O problema é que fulano conversa com cicrano, beltrano articula com fulano, cicrano se reúne com beltrano, um amarra daqui, outro costura dali, e aí estão esquecendo de combinar com a parte mais importante, o povo. 

Será que agora vai ser tão simples assim passar uma borracha nas agressões verbais ditas no rádio, nas redes sociais e até na cara um do outro? Será que o povo vai entender assim tão rápido? Houve situações onde o prefeito disse que o vice não presta, e do outro lado, o vice disse que quem não presta é o prefeito. Depois de tudo, como será que o povo reagirá ao ver todos juntos de mãos dadas e erguidas no mesmo palanque? O povo acreditará na "união Calabar"?

E agora vem a pergunta principal, com a qual fecha-se essas linhas, só se fala em "união Calabar", em alianças, em se unir pra "ganhar", diante de tudo isso, eu vos pergunto; E a preocupação com Taquaritinga do Norte como fica? 

Faltando pouco mais de sete meses para o fim do pior governo municipal das últimas décadas, com um saldo negativo de um prefeito cassado e outro com três contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado, o grupo Calabar deixa transparecer que os interesses pessoais estão falando mais alto. O grupo não possui um projeto para Taquaritinga do Norte, a sede e a briga pelo poder, tem transformado a política da 'Dália da Serra' em um espetáculo cômico e vergonhoso.

Paulo Pereira
é estudante de Publicidade, CEO da Morus Comunicação e natural de Taquaritinga do Norte

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