12 de dez. de 2017

MPF ajuíza medidas para garantir obras de adequação na barragem de Jucazinho

Objetivo é evitar o rompimento da barragem de Jucazinho (Foto: Paula Cavalcante/ G1)

O Ministério Público Federal (MPF) em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, ajuizou uma medida para que a Justiça Federal determine que o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) e a União adotem as medidas necessárias para o início das obras de adequação da barragem de Jucazinho, localizada em Surubim, também no Agreste. O objetivo é evitar a possibilidade de rompimento da barragem em período de chuvas intensas, por conta de problemas estruturais existentes.

Dentre as questões que indicam a necessidade de readequação da barragem está o fato de a bacia de dissipação não ser capaz de sustentar a vazão de água do rio em período de cheia. Documentos revelam que a situação de risco da barragem já é conhecida pela diretoria-geral do Dnocs desde 2004, inclusive, com a demonstração de dados de engenheiros da própria autarquia.

No dia 1º de dezembro, o procurador da República Luiz Antônio Miranda de Amorim Silva, que acompanha o caso, convocou reunião de urgência para tratar das obras de adequação. Com base no que foi discutido no encontro, o MPF expediu ofício ao Ministério da Integração Nacional, para que fossem prestadas informações sobre os recursos necessários para as obras de readequação.

No entanto, conforme afirma o procurador da República, “a resposta não foi minimamente satisfatória e não apresenta garantia alguma de que a obra será realizada em curto espaço de tempo, nem implica a tomada de medidas imediatas, o que é exigível diante da potencial tragédia por fato já conhecido há longa data pelo Dnocs e pelo Ministério da Integração Nacional, a fragilidade na bacia de dissipação da Barragem de Jucazinho”.

Na reunião, o corpo técnico do Dnocs informou que, num cenário de rompimento da barragem, a cheia afetaria várias cidades próximas e se propagaria até o Recife. Para o MPF, a postura do Ministério da Integração Nacional, que alega a necessidade de novo pedido pelo Dnocs em 2018, não atende à delicadeza da situação e coloca em risco as famílias que vivem no local, além dos potenciais danos materiais ao ecossistema.

Da redação | PE mais
Com informações do G1

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