20 de jun. de 2018

Reunião no MPPE estabelece regularização do abastecimento do gás de cozinha até fim de junho


A nova reunião no Ministério Público de Pernambuco para tratar da crise do abastecimento de gás liquefeito de petróleo (GLP) no Estado, realizada nesta terça-feira (19), fixou uma data para que a situação se regularize. Até 30 de junho, os transtornos que a população vem sofrendo para conseguir botijões de gás de cozinha têm de cessar e as vendas precisam voltar ao normal. Os representantes da Petrobras, da Transpetro e das empresas distribuidoras de gás presentes concordaram com a proposta.

“O MPPE está atento aos problemas do desabastecimento de gás GLP em Pernambuco e vem cobrando das empresas responsáveis, públicas e privadas, uma solução. Estamos dando a chance de que acordos e tentativas conjuntas sejam desenvolvidos para não precisarmos judicializar o caso”, comentou o promotor de Justiça Solon Silva Filho, que atua na Defesa do Consumidor. Ele e os promotores de Justiça Maviael Sousa e Liliane Fonseca, que também é coordenadora do Centro de Apoio às Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor, estão à frente dos procedimentos sobre o caso da crise de gás de cozinha em Pernambuco.

No entanto, Petrobras, Transpetro e empresas distribuidoras se dizem tranquilas para cumprir o prazo estipulado. O otimismo é fruto do sucesso obtido no teste de bombeamento simultâneo de gás feito, no último domingo (17), pelos dois dutos da Transpetro, localizados no Complexo Industrial Portuário Governador Eraldo Gueiros (Porto de Suape), que abastecem os caminhões das distribuidoras: Nacional Gás, Liquigás, Ultragás, Copagaz e Supergás.

Segundo todos os presentes e o relatório da Agência Nacional do Petròleo (ANP) apresentado na ocasião, os resultados superaram as expectativas. Houve um ganho de produtividade de quase 50%, que só não foi maior pela não capacidade das distribuidoras de armazenar o incremento total. “Temos capacidade com folga. Basta ter demanda”, revelou o representante da Transpetro Sérgio Vasconcelos. “A operação pode ser mantida enquanto for necessário”, completou.

A operação foi um sucesso pela boa vontade, esforço e sintonia de todos os participantes, concordaram os presentes. A Petrobras assegurou que tem condições de aumentar as cotas das distribuidoras quando solicitarem.

Os representantes das distribuidoras, no entanto, alertaram que não há como tornar o esforço como rotineiro por conta da necessidade de manutenção dos equipamentos e de cláusulas trabalhistas, que limitam o número de horas-extras dos funcionários. Para que houvesse a experiência de domingo, foi preciso um acordo com o sindicato da categoria.

O representante da Petrobras Luiz Leandro de Oliveira informou que o teste ajudou a diminuir o déficit de gás existente e que as entregas da Petrobras foram adiantadas em 11% até o dia do bombeio. “Do dia 1º ao dia 17 de junho, entregamos um montante de gás correspondente 235 mil botijões aproximadamente”, contabilizou ele.

O secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, se propôs a enviar às empresas distribuidoras uma lista dos municípios pernambucanos que estão em condições mais críticas de desabastecimento. O intuito é que haja uma priorização de entrega de botijões nestes locais. Ele também frisou que o Governo do Estado, de agora em diante, irá acompanhar permanentemente a gestão do setor de abastecimento de gás GLP para evitar que novas crises ocorram.

Uma nova reunião no MPPE foi marcada para 2 de julho, onde será avaliado o cumprimento da regularização do abastecimento, assim como novas medidas para que a situação de crise não se repita.

Da redação PE mais


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