18 de abr. de 2020

Com 95% de ocupação dos leitos de UTI do SUS, Pernambuco contrata leitos na rede privada


Durante balanço divulgado no fim da tarde da última sexta-feira (17), a Secretaria de Saúde de Pernambuco informou que dos 269 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) destinados ao tratamento da Covid-19, 95% já estão ocupados. O percentual de ocupação dos leitos de enfermaria, que somam 302 exclusivos para pacientes com o novo coronavírus, é de 77%. Pernambuco possui até esta sexta-feira (17) 571 leitos abertos para o tratamento da doença, com ocupação média de 86%. Diante do acelerado crescimento da doença, estado contrata pelo menos 50 leitos em unidades das redes privadas. 
“Hoje tivemos sucesso na contratualização de leitos de alguns hospitais (privados) que nunca prestaram serviço diretamente ao SUS, o que é muito salutar. Nós estamos contratualizados com o Hospital Português para leitos de UTI para a Covid-19, com o Hospital São Marcos da Rede D’Or, cada um desses com 10 leitos. Também com o Hospital Santa Joana do Recife para atendimento do SUS. Além de outros hospitais como o Hospital Albert Sabin, que também tem mais 10 leitos do SUS”, detalhou o secretário estadual de Saúde, André Longo. 
Segundo ele, o Governo do Estado ainda está contratualizando novos leitos no Hospital e Maternidade Nossa Senhora do Ó (Cesac), do Prado, localizado na Zona Oeste do Recife, e no Cesac de Paulista, município da Região Metropolitana do Recife. 
“Nós temos uma excelente relação com o Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios Privados do estado. É um parceiro nesse processo de enfrentamento da epidemia. Há uma colaboração da rede privada com o Sistema Único de Saúde em Pernambuco. Em determinado momento, pode ser que seja necessário utilizar a capacidade ociosa da rede privada, é o que prevê claramente a legislação. Mas sempre será feito dentro de um padrão respeitoso de relacionamento que deve existir entre o setor público e o setor privado”, disse o secretário de Saúde. 
André Longo frisou que tanto a legislação do SUS a nível federal quanto a nível estadual, permite fazer a requisição de recursos da rede privada, não só de leitos, mas também de profissionais, de equipamentos e de uma série de insumos necessários à prestação do SUS. 
“O que temos discutido é qual a melhor forma de captar as informações das unidades privada de uma maneira mais célere e mais adequada. Estamos discutindo um normativo que vai permitir fazer esta interface entre as ociosidades da rede privada para que, porventura na necessidade, o sistema público possa fazer uso de leitos privados, obviamente fazendo o pagamento adequado por cada leito que for utilizado com todas as garantias”, afirmou o secretário.
Para além do uso da capacidade ociosa da rede privada, André Longo lembra que o Governo do Estado também está ampliando o número de leitos provisórios da rede estadual. Na semana passada, Longo afirmou que Pernambuco teria pelo menos mil leitos destinados à Covid-19. Mas até o momento, o estado só tem um pouco mais da metade desses leitos ativos. 

No Recife, os hospitais de campanha utilizados pelo estado devem continuar sendo os já anunciados, que possuem alguma prévia estruturação, como o Alpha, na Zona Sul do Recife, e a Maternidade Brites de Albuquerque, em Olinda. Mas no interior de Pernambuco, como Caruaru, Serra Talhada, Petrolina e em Olinda, na RMR, o governo pretende instalar estruturas provisórias, para dotar o estado de maior capacidade no enfrentamento à Covid-19. 
“No entanto, precisamos sempre lembrar que essa é uma batalha de todos. Nós temos procurado com afinco fazer a nossa parte, ampliando a capacidade do sistema de saúde. Mas é preciso que toda sociedade entenda da necessidade de adotar as medidas de isolamento e distanciamento social, que restringem a circulação para conter a propagação do vírus, sendo fundamental para que a gente possa conter a velocidade do crescimento da epidemia”, defendeu André Longo.
Da redação | PE+ Notícias
Com informações do Diario de Pernambuco


Nenhum comentário:

Postar um comentário

.

.