O que hoje parece não passar de embate político, passará a ser caso de justiça e as denúncias que provavelmente serão apresentadas pelos promotores à Justiça terão aspectos semelhantes às acusações direcionadas para José Augusto Maia (PTB), no caso que ficou conhecido por “Escândalo da Merenda”.
Na esfera judicial, possíveis ações por improbidade administrativa e até mesmo processos em esfera criminal devem acontecer, mas podem demorar em surtir efeito. Porém, na esfera política, o resultado pode ser um desgaste catastrófico, semelhante ao prejuízo nas urnas, obtido recentemente pelo seu principal adversário, José Augusto Maia.
A aliança com Diogo Moraes – É cedo para afirmar se a ligação da empresa de locação de veículos, envolvida no escândalo, com o deputado Diogo Moraes (PSB) pode causar a quebra da aliança política entre o deputado e o prefeito Edson Vieira (PSDB). A dúvida é se o prefeito realmente sabia que a empresa contratada pela prefeitura pertencia a servidores lotados no gabinete do deputado.
Efeito colateral – Os vereadores situacionistas assumiram um grande risco em dois momentos: Primeiro, quando se posicionaram em defesa da empresa; e num segundo momento, quando se colocaram contra a abertura de CPI.
O fim da era da “ética” – Em especial para o vereador Afrânio Marques (PDT), merecedor de “voto de opinião”, o parlamentar que até então teve seu discurso pautado pela ética, hoje se mostra refém de posicionamentos políticos. O resultado dessa posição será o mesmo obtido outrora pelo vereador Fernando Aragão (PTB), que tem características semelhantes, inclusive nos erros políticos cometidos.
Repetição da história “ao inverso” – Como é típico da política santa-cruzense, a roda do tempo gira, a história se repete e os personagens apenas mudam de lado.
Do blog do Ney Lima
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