26 de out. de 2015

Pernambuco é o pior estado no Cadastramento Ambiental Rural, diz presidente da Fetape

Pernambuco é o pior estado no Cadastramento Ambiental Rural (CAR), registro eletrônico obrigatório para todos os imóveis rurais. Segundo o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape), Doriel Barros, o Estado, que tem uma área de 5.434.076 hectares, só fez, até o momento, o cadastramento de 255.551 hectares, o que representa 4,70% do CAR necessário.
“Fazendo uma comparação com outros estados da região Nordeste, o Maranhão, por exemplo, que possui um área quase três vezes maior que a de Pernambuco, já cadastrou 92,78% das propriedades”, diz Barros.
O CAR tem o objetivo de formar uma base estratégica de dados para o controle, monitoramento e combate ao desmatamento das florestas e demais formas nativas de vegetação do Brasil para o planejamento ambiental e econômico dos imóveis rurais.
“Essa realidade não mostra somente a lentidão do Estado ou a falta de prioridade em relação a esse tema, mas representa um enorme prejuízo para economia de Pernambuco e para essas famílias agricultoras rurais, pois, não existindo o cadastro das propriedade dentro do prazo estabelecido, agricultores e agricultoras poderão ficar sem acesso a políticas, programas e projetos, a exemplo do Pronaf, Minha Casa Minha vida, Seguro Safra, PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar), assim como também poderão não usufruir das vantagens oferecidas pelo Código Florestal, relacionadas ao Programa de Recuperação Ambiental – PRA”, acrescenta o presidente.
Ainda de acordo com ele, o prazo para cadastro já foi prorrogado, e Pernambuco tem até 5 de maio de 2016 para organizar a situação de todas as propriedades rurais.

“Isso impõe ao Governo do Estado a necessidade de montar uma força tarefa, reordenar toda a estrutura de campo para atender a essa demanda”, diz.

Barros também alertou os municípios sobre a importância do cadastro.

“Essa responsabilidade precisa ser compartilhada entre Estado e municípios. Apesar de a grande maioria dos municípios ter sua economia de base familiar e agrícola, esses não têm secretarias de agricultura, nem qualquer outra estrutura para atender os agricultores e agricultoras. Uma realidade que mostra a falta de atenção e compromisso com as populações do campo, mesmo sabendo da importância enorme dessas pessoas para o desenvolvimento de Pernambuco”, criticou.

Publicado por Paulo Pereira | PE mais
Com informações do blog de Jamildo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

.

.