13 de dez. de 2023

Durante a COP 28, Governo do Estado propõe metas de adaptação às mudanças climáticas



Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima de 2023 (COP 28) deixou como
legado para os Estados do Nordeste o reconhecimento da caatinga - bioma típico do semiárido nordestino - e a sinalização de que a transição energética - que vem por aí - tem que ser justa, segundo as secretárias que respondem pelas áreas do Meio Ambiente e Sustentabilidade nos Estados de Pernambuco, Ana Luíza Ferreira, e do Ceará, Vilma Freire. O evento se encerra nesta terça-feira (12) em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

O evento contou com uma vigorosa participação dos Estados do Nordeste representadas por governadores, secretários estaduais ligados às áreas de meio ambiente, sustentabilidade e desenvolvimento econômico. "Foi importante o esforço grande para posicionar a caatinga num País em que, devido às atenções internacionais, os recursos se voltam muito naturalmente para a Amazônia. A gente tem um bioma riquíssimo em diversos aspectos e até hoje não atraiu recursos compatíveis com essa riqueza. Acredito que conseguimos deixar este legado dessa voz pela caatinga", resumiu a secretária de Meio Ambiente, Sustentabilidade e de Fernando de Noronha de Pernambuco, Ana Luiza Ferreira.
A iniciativa de divulgar a caatinga foi do Consórcio Nordeste e contou com o apoio das várias comitivas dos Estados, como a da Paraíba - cujo governador é presidente do Consórcio Nordeste -, da de Pernambuco e do Ceará. "Os governadores Elmano de Freitas (do Ceará), Raquel Lyra (de Pernambuco) e Jerônimo Rodrigues (da Bahia) tiveram oportunidade de participar e mostrar que o fundo (da caatinga) é um instrumento econômico capaz de mobilizar recursos para a conservação ambiental e desenvolvimento da bioeconomia", comentou a secretária do Meio Ambiente do Ceará, Vilma Freire. No dia 31 de outubro último, o Consórcio Nordeste propôs a criação de um fundo para a caatinga similar ao fundo que já existe para a Amazônia.
"As discussões internacionais demonstraram a urgência de utilizar soluções baseadas na natureza para impulsionar uma bioeconomia capaz de agregar o desenvolvimento econômico ao aumento de serviços ecossistêmicos. Neste painel, ficou claro que, no caso do Nordeste, a solução parte do fundo da caatinga", defendeu Vilma Freire.

Energias limpas e a COP 28
Inicialmente, a expectativa era de que o relatório final da COP 28 citasse a previsão de eliminar o uso dos combustíveis fósseis, que contribuem para o aquecimento global. Pelo que foi divulgado até ontem o documento vai falar da necessidade de substituir os combustíveis fósseis. Outro termo muito discutido durante o evento foi a transição energética. "A estrela desta transição energética vai ser a energia renovável justa. O grande diferencial não é só a transição energética, mas o que isso está deixando de justiça climática nos territórios", comentou Ana Luíza Ferreira.
Durante a COP 28, O governo de Pernambuco lançou um documento chamado Estratégia de Hidrogênio Verde do Estado durante o evento e também passou a ser signatário do Race to Resilience, coalizão de entidades, governos e empresas com foco no desenvolvimento de estratégias e metas de adaptação às mudanças climáticas, estabelecendo emissões zero de carbono até 2050. "O Estado já tem um plano de descarbonização. O mundo todo precisa de ações de mitigação, que é a redução das emissoes dos gases que provocam o efeito estufa. Mas os países em desenvolvimento, como o Brasil, e muito em especial o Nordeste e Pernambuco, precisam se voltar para as ações de adaptação às mudanças climáticas. Com o Race, a nossa intenção é ampliar o olhar para a adaptação", disse Ana Luiza.
 
Fonte: Folha PE

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