No domingo (24), Israel de França teria sido espancado por policiais locais.
Ele acredita ter sido vítima de preconceito por parte dos agressores.
Ele acredita ter sido vítima de preconceito por parte dos agressores.
O músico e violinista pernambucano Israel de França afirmou ter procurado, nesta quarta-feira (26), a Embaixada do Brasil na Espanha para tratar da violenta abordagem policial que teria sofrido no último domingo (23). Na segunda (24), ele denunciou ter sido espancado por policiais espanhóis na cidade de Granada, onde mora.
"Procurei a Embaixada para informar do caso e fazer algum tipo de ocorrência que registrasse o acontecido e para me informar sobre as medidas que eu deveria tomar", explica França. De acordo com o maestro, ele enviou cópias dos documentos para a Embaixada, contendo boletins médicos. O órgão informou ao violinista que o processo já teria sido encaminhado para Brasília. "Também estou tomando as atitudes aqui em Granada, com meus advogados, pessoas que estão fazendo tudo pelas vias corretas", completa.
Israel contou que estava em um bar com um amigo em Granada quando policiais entraram no local e o retiraram de lá à força. Teriam o levado de lá para um prédio, do outro lado da rua, e o agredido com socos e pontapés. "Um morador abriu a porta pra eles. No prédio não tem câmera, apenas o brasileiro que estava comigo e me viu chorando", conta.
Ele vai aguardar o fim das investigações para saber se foi um crime de racismo. "Pode ser perfeitamente racismo ou preconceito. Pode ser pela minha cor, porque o outro rapaz que estava comigo não foi espancado. Como eu falei, temos que chegar ao final para saber, mas não tem nada nestes 22 anos aqui que justificasse uma vingança. Podem ter me confundido, pode ter acontecido muita coisa", diz Israel.
De acordo com o maestro, quem vai investigar o caso é a polícia local. Os suspeitos ainda não foram identificados.
Fonte: G1
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