30 de out. de 2014

Ebola, a epidemia cotada para as provas do Enem

Doença que vem se alastrando em países africanos, com casos registrados na Europa e América do Norte, deve surgir em questões do Exame Nacional do Ensino Médio


As epidemias de modo geral são recorrentes nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que este ano acontece nos dias 8 e 9 de novembro. Nesta reta final, é importante o fera atentar para os temas mais atuais porque eles certamente vão aparecer.

Em meio a um surto nos países africanos e já contabilizando casos na Europa e América do Norte, o ebola tem ocupado os noticiários internacionais e deve surgir em algumas questões da área de ciências da natureza - que abrange biologia, química e física - e em outros vestibulares.

O professor de biologia Marco Gaudêncio, do Colégio Motivo, explica que uma pandemia é quando uma doença se alastra para vários países ou continentes, “no caso do ebola já é considerado assim, registrando-se casos nos Estados Unidos e na Espanha”. Na última quarta-feira a Cruz Vermelha divulgou que, se todas as medidas necessárias forem tomadas, vai demorar de quatro a seis meses para o vírus ser contido. O ebola já causou mais de 4,5 mil mortes na África Ocidental e os especialistas alertam que a taxa de infecção poderá chegar a 10 mil por semana no início de dezembro.

No Brasil, os dois casos suspeitos foram descartados. Para o professor Marco Gaudêncio, se a doença chegar ao país é caso para preocupação, sim. “Todos sabemos que nosso sistema de saúde é precário na maioria das cidades, as capitais podem estar mais preparadas, mas não é a realidade nacional”, explica Gaudêncio. Outro fator que ajuda a propagação de doenças como o ebola é a facilidade de locomoção. “O indivíduo pode estar num país hoje, e amanhã estar em outro.”

Com alta letalidade, os primeiros sintomas incluem febre alta, enjoos e fortes dores de cabeça. Podem surgir de 2 a 21 dias após o indivíduo ter sido contaminado. Com a evolução da doença surgem vômitos e diarreias que podem conter sangue, hemorragias, e chegar ao estado de coma e morte. Segundo o professor de biologia, a letalidade diminuiu em relação ao primeiro surto em 1976, mas ainda é considerada muito alta, em torno dos 90%.

O vírus que causa a doença é encontrado na saliva de morcegos frutíferos, e é transmitido através do contato com sangue, vômito, urina, fezes e secreções íntimas da pessoa infectada, ou através do consumo da carne dos animais. “Muitas vezes esse morcego morde uma fruta e se alguém comer aquela fruta já adquire a doença, que não é transmitida pelo ar, como acontece com gripes e outras viroses”, esclarece Marco Gaudêncio.

Segundo o professor, a dificuldade maior com as viroses é que a maioria delas não tem remédios específicos, nem vacinas. “Nas doenças bacterianas, por exemplo, utilizamos os antibióticos, mas não temos medicações específicas para viroses”, explica.

A estudante Gabriella Lima, 17, pretende fazer medicina e tem revisado bastante o conteúdo de saúde. “Tenho visto muita coisa sobre o ebola, dengue e a chikungunya. Fiz as provas por experiência ano passado e sei que o programa de saúde é o que mais cai”, afirma.


Fonte: Diario de Pernambuco

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