29 de jul. de 2014

Em evento com empresários do Lide, Armando Monteiro Neto compara-se a Eduardo Campos e diz que não se pode substituir um líder por um gerente


O senador Armando Monteiro Neto, candidato do PTB ao governo do Estado pelas oposições, aproveitou o jantar-debate promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais de Pernambuco (Lide PE), na Imbiribeira, na Zona Sul do Recife, nesta segunda, para antecipar o que deve ser o mote a ser usado em sua campanha na TV e nos palanques. O senador apresentou-se como o pós-Eduardo Campos, ao mesmo tempo em que buscou desconstruir a imagem de líder e técnico eficiente que o PSB busca projetar do candidato Paulo Câmara.

O mote político foi apresentado, de forma clara, para bom entendedor, depois de uma apresentação mais técnica sobre os desafios de Pernambuco. Nos cinco minutos finais de sua exposição, Armando Monteiro Neto pediu para fazer um elogio da política, criando o anticlímax para contestar o rival e posicionar-se um patamar acima.

“O político tem um papel insubstituível. Ele dá a direção, dá o rumo. Como em uma empresa, em que existe a governança e a diretoria executiva. Para gerir processos, que se esgotam em si mesmos, há muita gente que pode ser contratada. O líder dá o sentido de direção, visão estratégica, mobiliza a sociedade. Se relaciona para fora da instituição. É o desafio”, defendeu.

“Por tudo isto, reconheço o papel de Eduardo Campos. Agora ele não fez o que fez porque veio da burocracia (referência a Paulo Câmara). Fez porque veio da burocracia. Não se pode querer substituir um líder por um gerente. É dar menos a Pernambuco. Pernambuco tem que fazer esta escolha”.

No mesmo desfecho, o petebista atacou até mesmo o bordão criado pelo socialista Eduardo Campos, de nova política. “O que existe é a boa política e a má política”, defendeu.

No encerramento da palestra, ao responder porque não cumprimentou o adversário na Missa do Vaqueiro, neste domingo, em Serrita, o senador aproveitou a citação do nome do rival para depreciá-lo, mais uma vez.

“Paulo é uma pessoa educada. Estão dando a ele um script para ele fazer um discurso mais agressivo. Uma espécie de candidato-franquia, que recebe um kit e desempenha um papel. Mas há uma diferença entre se apresentar e representar”, teorizou, antes de responder que estava atento a missa e Paulo Câmara saiu primeiro. “Assim, não houve oportunidade (de apertarem às mãos)”, comentou, arrancando gargalhadas com a picardia.

“Se o Lide realizar um debate presencial, prometo que vou tratá-lo com todo respeito”

O empresário recebeu uma recepção calorosa, em vários momentos, até mesmo maior, pode-se dizer, do que recebeu Paulo Câmara, ao falar no mesmo painel, no começo do mês, logo depois da Copa. Armando Monteiro Neto foi aplaudido diversas vezes. Não se sabe se levou uma claque, mas estava em casa, uma vez que já foi presidente da Fiepe e Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Fonte: Blog de Jamildo

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