26 de jul. de 2014

Trapalhada atinge imagem e prestígio do Santander

Todos os clientes do banco Santander que tentaram, nesta sexta-feira 25, acessar o site da instituição espanhola no Brasil se depararam, antes de entrar no ambiente privado, com um aviso 'importante'. Tratava-se, em letras brancas sobre o vermelho berrante da instituição, de um 'pedido de desculpas'. Mais cedo, em mensagem dirigida a clientes de alta renda, o mesmo Santander recomendara por escrito que seus clientes tomassem cuidado com o que poderá acontecer com seus investimentos caso a candidata à reeleição, pelo PT, suba nas pesquisas eleitorais. 

De acordo com a análise, obtida pelo jornalista Fernando Rodrigues, (Leia aí) Dilma provocaria alta dos juros, do dólar e queda das ações na BM&FBovespa.

- Se a presidente (Dilma Rousseff) se estabilizar ou voltar a subir nas pesquisas, um cenário de reversão pode surgir', elaborou o texto que tinha apenas a assinatura da instituição espanhola. A seguir, traçou-se o quadro de que 'o câmbio voltaria a se desvalorizar, juros longos retomariam alta e o índice Bovespa cairia'. Em resumo, um inferno.

A recomendação para seus clientes endinheirados tomarem cuidado com a eventual ascensão da presidente pegou especialmente mau para o Santander porque não é nada disso que o presidente mundial da banca espanhola, Emílio Botín, fala nas vezes em vai ao Palácio do Planalto. Ali, sorridente, já posou para fotos e manifestou crer na economia brasileira gerenciada por Dilma.

Para compensar o estrago cometido pela parcialidade da avaliação, o próprio Santander primeiro pediu desculpas em forma de declaração oficial, e mais tarde resolveu ocupar toda a primeira página de seu site para dizer que 'o referido texto feriu a diretriz interna' que barra análises marcadas pelo 'viés político ou partidário'.

Enquanto a imagem do banco se derretia, o primeiro prejuízo objetivo aconteceu. Em Osasco, na Grande São Paulo, município que arrecada R$ 1,9 bilhão em transferências, impostos municipais e taxas todos os anos, o prefeito Jorge Lapas encontrou o mote que precisava para tomar uma decisão que já vinha estudando: romper o convênio mantido com o Santander para o recolhimento de impostos e taxas municipais.

(Do Portal BR 247)

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