29 de jul. de 2014

Para Dilma, mensalão teve “dois pesos e umas 19 medidas”


Ao analisar o impacto do caso mensalão sobre a sua campanha de reeleição, a presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou que o episódio do PT teve “dois pesos e umas 19 medidas”.

“O mensalão [do PT] foi julgado e o mensalão tucano não foi. No nosso caso, nós tomamos todas as providências, não tivemos nenhum processo de interromper a Justiça, não pressionamos juízes nem engavetamos denúncias”, disse a petista, insinuando que houve interferência no julgamento do processo do PSDB.

A investigação do mensalão petista resultou na prisão de 25 políticos envolvidos no esquema. O processo mineiro está em tramitação na Justiça.

Questionada sobre o mérito do caso, Dilma afirmou que, “como presidente do Brasil não se manifesta sobre o julgadamento do Supremo Tribunal Federal (STF)”.

Para desvencilhar-se da pecha atribuída ao PT sobre a corrupção por causa da repercussão negativa do caso, Dilma citou as medidas tomadas pelo governo federal para combater a prática.

“Eu não tolero, não compactuo e não aceito corrupção de nenhuma forma. Os governos do PT tomaram as medidas para combater a corrupção. Criamos a Controladoria Geral da União (CGU), depois transformamos a Polícia Federal em uma polícia respeitada, terceiro, fizemos o Portal da Transparência, que resolve muito mais problemas de corrupção. Nomeamos Ministério Público de forma independente, e fomos o único governo que tivemos pessoas condenadas, nós não engavetamos denúncias nem processos”, afirmou.

O mensalão do PSDB investiga a suspeita de desvio de recursos públicos para a campanha de reeleição de Eduardo Azeredo ao governo de Minas Gerais, em 1998. O caso parou no STF este ano após Azeredo renunciar ao mandato de deputado federal.

Dilma participou da sabatina no Palácio da Alvorada, em Brasília, residência oficial da presidente. No início do mês, os candidatos Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB) já passaram pelo crivo dos jornalistas da Folha de S. Paulo, UOL, SBT e Rádio Jovem Pan.

DIPLOMACIA – Com relação ao conflito entre Israel e o Grupo Hamas na Faixa de Gaza, Dilma afirmou que o Brasil foi o primeiro país do mundo a reconhecer Israel.

“Em relação a Israel e aos israelenses tenho grande consideração. Até porque acho que uma parte de nós brasileiros somos cristãos-novos, uma parte do que somos na nossa herança portuguesa é de cristãoo novo. Acho que o que está ocorrendo na faixa de gaza é perigoso”, disse Dilma, que não considerou um genocídio, mas um massacre.

“Acredito que nesse caso a gente tem que ser bastante prudente”, considerou. “Acho que a ONU está completamente certa. Acho que decisão da ONU de exigir cessar-fogo imediato é altamente bem-vinda, porque é uma questão humanitária. É um a faixa muito pequena e pessoas estão muito ameaçadas, com muita criança morrendo. A gente sabe que numa guerra desse tipo quem paga são os civis”, afirmou a presidente.

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