Foto: Erivaldo Marques |
Durante a coletiva, os vereadores Val, Evandro e Sivaldo Oliveira (PP) falaram pelos colegas. Mais cedo, Val e Sivaldo haviam sido apontados pelo delegado Erick Lessa, responsável pelo caso, como os chefes da quadrilha, que articulariam os apoios dos colegas nas bancadas do governo e da oposição com a ajuda de Cecílio Pedro (PTB). "Formação de quadrilha – que termo tão pesado! Formação de quadrilha de quê? Então, quer dizer que a partir do momento que você defende algo e é a favor ou contra, você é de uma quadrilha? Como é que uma quadrilha trabalha aprovando tudo que o prefeito quer? O que era bom para Caruaru foi aprovado, inclusive o BRT", rebateu Oliveira.Apesar de terem sido liberados pela Justiça ao longo desta semana através de habeas corpus, os vereadores serão acusados de corrupção passiva, concussão e organização criminosa. Como os vereadores são funcionários públicos, a pena por formação de quadrilha pode aumentar entre 1/6 e 2/3. Somando-se os crimes, a condenação pode variar entre 28 e 56 anos de prisão.
As investigações duraram seis meses e a polícia afirma ter mais de 700 horas de gravações em escutas ambientes e telefônicas. O vereador Jadiel Nascimento (PROS) teria contribuindo com o trabalho da Polícia Civil e apelado para delação premiada, mas o Ministério Público entendeu que o depoimento dele não ajudou a esclarecer como o esquema realmente funcionava.
Após as prisões terem sido deflagradas, os suplentes dos vereadores foram convocados para assumir na Câmara Municipal. Entrevistado pela Rádio Jornal de Caruaru, o prefeito José Queiroz (PDT) negou ter negociado o pagamento de qualquer propina para os vereadores do município.
A lista de vereadores acusados do esquema inclui Cecílio Pedro (PTB), Eduardo Cantarelli (SDD), Evandro Silva (PMDB), Jajá (PPS), Louro do Juá (SDD), Neto (PMN), Pastor Jadiel (PROS), Sivaldo Oliveira (PP), Val das Rendeiras (PROS) e Val do DEM.
Blog de Jamildo
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