15 de abr. de 2014

“Festa” para Dilma durante passagem por Serra Talhada

O público foi bem menor comparado ao que assistiu à visita da presidente Dilma Rousseff (PT) em março do ano passado, mas a animação dos populares com a chegada da petista tomou conta da antiga estação ferroviária de Serra Talhada. Enquanto o presidenciável Eduardo Campos (PSB) lançava sua pré-candidatura em Brasília, nesta cidade sertaneja o ato para receber a atual presidente mostrou a força da petista. Entre as centenas de pessoas que cercaram o palanque montado para recepcionar, pela segunda vez, a presidente da República foram exibidas várias faixas e cartazes de agradecimentos às ações do governo federal no município, que há menos de um mês foi visitado por Eduardo.
O socialista, que deixou o governo há pouco mais de uma semana, em nenhum momento foi citado pelas autoridades presentes. Pelo contrário. Eduardo Campos foi alvo de críticas do prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT). A presidente, por sua vez, preferiu manter o tom institucional, mas não perdeu a oportunidade de fazer uma prestação de contas das ações federais em Pernambuco.
Em quase 40 minutos de pronunciamento, Dilma Rousseff lembrou as ações realizadas desde a gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu antecessor. Destacou a interiorização da educação, com a chegada da Universidade Federal em municípios do interior pernambucano. Depois de citar os benefícios da Adutora do Pajeú e do Ramal do Agreste, Dilma pediu licença ao público presente para fazer uma prestação de contas.
A presidente falou de ações emergenciais para o combate à seca, como a distribuição de água por meio de carros-pipa, além da construção de 89 mil cisternas, implantação de 865 poços, 1.400 barreiros e 700 barragens subterrâneas. Destacou ainda os programas Garantia Safra e Bolsa Estiagem, além da venda de 79 mil toneladas de milho a preço subsidiado e dos créditos concedidos a produtores rurais.
“Cito esses número para mostrar o compromisso do governo federal e vamos agir enquanto for necessário”, afirmou Dilma Rousseff.
A presidente inaugurou o segundo trecho da primeira etapa da Adutora do Pajeú, que vai de Serra Talhada a Afogados da Ingazeira e assinou a ordem e serviço para a construção da segunda etapa da Adutora. Durante a visita, ainda foi lançado o edital de licitação para a implantação do Ramal do Agreste (ver matéria abaixo).
Durante o discurso, Dilma Rousseff foi constantemente ovacionada por quem assistia à cerimônia. No início da fala, inclusive, um homem gritou da plateia a frase “Eduardo é um traíra”. A presidente ficou calada por alguns segundos, mas logo retornou ao pronunciamento.
Mesmo com o atraso de quase duas horas, muitos populares esperaram a chegada da petista. Alguns seguravam faixas agradecendo à presidente pela atenção dada ao Sertão pernambucano.
A presidente da Fundação Social de Mulheres Renovadas do bairro de Vilabela, conhecida como Francisca da Fundação, declarou seu voto à Dilma e disse que no grupo “ninguém quer ouvir falar de Eduardo”. Portando faixas em homenagem à petista, Francisca destacou que o grupo foi ao local assistir ao pronunciamento da presidente com a ajuda da prefeitura, que segundo ela, teria contribuído com três ônibus que fizeram o transporte dos moradores do bairro.
SILÊNCIO
O sucessor de Eduardo, o governador João Lyra Neto (PSB), foi discreto no seu pronunciamento. Quem esperava que ele fosse defender o correligionário assistiu a uma fala onde as ações federais foram reverenciadas, sobretudo as realizadas nas gestões de Lula e Dilma. Cena parecida ocorreu em Suape, no mesmo dia. Ao final, Lyra reforçou o que já vem falando desde o início do seu governo. “Essa relação institucional haverá de perdurar enquanto estivermos à frente do governo”, cravou.

Fonte: JC online

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