O protesto promovido por representantes de diversos movimentos sociais do Recife chegou no início da tarde desta sexta-feira à Avenida Cais do Apolo, onde funciona a Prefeitura do Recife (PCR). Cerca de 80 manifestantes, entre integrantes do Movimento Direitos Urbanos, Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Informal do Recife ( Sintraci) seguiram a pé da Pracinha do Diario, com faixas e cartazes e acompanhados pela Troça Carnavalesca Empatando Tua Vista. O trecho da via em frente à PCR foi interditado com grades. A polícia está no local.
Entre os gritos de ordem, ouve-se "fora Braga", um pedido para a saída do secretário de Mobilidade e Controle Urbano do Recife, João Braga.O protesto tem como alvos os ataques de tubarão, o projeto Novo Recife, podas descontroladas de árvores, utilização da Fábrica Tacaruna pela Fiat, problemas de mobilidade, as desapropriações motivadas pela Copa do Mundo, demolição do Edifício Caiçara, de acordo com os manifestantes, em consonância com o poder privado em detrimento da sociedade.
"É por isso que os coletivos e movimentos sociais urbanos estão se unindo: uma busca de equilíbrio. Uma cidade mais justa para as árvores. Uma cidade que em meio aos arranha-céus de Boa Viagem pode respirar diante do pequeno Edíficio Caiçara. Uma cidade onde as construções no Cais José Estelita estejam de acordo com a paisagem do bairro de São José. Uma cidade onde trabalhadores ambulantes não sejam marginalizados e tratados como criminosos. Uma cidade com um plano de preservação e de memória – incluindo nisso os espaços populares como o Coque, Ibura, Ilha de Deus. Uma cidade que tenha orgulho de fazer uma Copa do Mundo com alegria e sem tanto sofrimento e desrespeito. Uma cidade que um dia volte a se equilibrar e possamos tomar banho no mar", defende o movimento.
Fonte: Diário de Pernambuco
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