26 de jan. de 2014

Em Serra Talhada, investimento de R$ 1 milhão em usina de biodiesel vira depósito de lixo

Foto: O Farol de Notícias
No dia 28 de setembro de 2007, Serra Talhada (PE), no Sertão do Pajeú, parou para assistir ao lançamento da pedra fundamental da Usina de Biodiesel, que, segundo políticos, iria “revolucionar” a produção agrícola na região. O anúncio era de investimentos na ordem de R$ 1,05 milhão, sendo R$ 800 mil do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e cerca de R$ 250 mil do Instituto Xingó.

Segundo técnicos do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene), que estiveram em Serra Talhada, a Usina de Biodiesel, quando em funcionamento, deveria produzir inicialmente cerca de 5 mil litros por dia de combustível. Com tamanha euforia, o deputado Inocêncio Oliveira (PR) chegou a anunciar a doação de um terreno de 3,3 hectares para que o empreendimento saísse do papel.

Segundo a propaganda, na época, essa seria a primeira fábrica de produção de biodiesel do Sertão de Pernambuco. Também foi anunciado que o plano pretendia unir esforços para plantar cerca de 10 mil hectares de oleaginosas (algodão, girassol, pinhão manso e mamona) na zona rural do município.

Mas de lá para cá, a propaganda deu lugar a uma triste realidade: dois tanques adquiridos para armazenagem do óleo encontram-se enferrujados e abandonados no Parque de Exposição de Serra Talhada. A falta de interesse político para tocar o projeto e a visível inexistência de fiscalização por parte dos órgãos controladores são, atualmente, os principais empecilhos ao projeto. O espaço reservado para a usina tem sido improvisado por um trabalhador local há três anos para estocagem e comercialização de produtos recicláveis. E vem servindo também como ferro-velho. 

O Farol de Notícias

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