3 de mar. de 2020

Aena assume operação do Aeroporto do Recife

Expectativa é aumentar o fluxo de passageiros, que atingiu 8,5 milhões de viajantes em 2019. (Foto: Paulo Paiva/DP)
Praticamente um ano após o leilão do Bloco Nordeste, realizado no dia 15 de março de 2019 e arrematado por R$ 1,9 bilhão, o Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre deixa oficialmente de ser operado pela Infraero e passa nesta terça-feira para o comando da concessionária de origem espanhola Aena Desarrolo Internacional. Dos seis aeroportos que compõem o bloco, o da capital pernambucana foi o último a ter a administração transferida. A concessão vai durar 30 anos e a estimativa, segundo os Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEAs) realizados pelo Ministério da Infraestrutura, é que sejam investidos R$ 788 milhões no Bloco Nordeste nos primeiros cinco anos. Para o terminal recifense, a expectativa é que os aportes melhorem a infraestrutura, atraiam novas conexões e aumentem o fluxo de passageiros.

Os aeroportos de Juazeiro do Norte (CE), Campina Grande (PB), Maceió (AL), Aracaju (SE) e João Pessoa (PB) tiveram as transferências feitas ao longo dos dois primeiros meses deste ano. Agora o Aeroporto do Recife conclui o processo de transição da administração de todo o Bloco Nordeste para a Aena. Apesar de a operadora espanhola ainda não ter detalhado como serão feitos os investimentos em Pernambuco, ela deve investir cerca de 80 milhões de euros para melhorar a infraestrutura, seja na área de pista e de terminais, além de mais portões e fingers. Porém, inicialmente, nos seis primeiros meses, serão feitas melhorias mais pontuais, como a requalificação do banheiro, melhoria da sinalização e intervenção nos acessos.

A expectativa é positiva em relação à nova administração, com perspectiva de ampliar ainda mais o fluxo de passageiros no Aeroporto do Recife. Em 2019, foram contabilizados 8,5 milhões de embarques e desembarques, número 1,2% maior do que os 8,4 milhões de viajantes registrados em 2019. 
"Já temos o aeroporto com maior movimentação de passageiros do Nordeste e a chegada de um parceiro privado traz uma nova perspectiva para os próximos 30 anos. E eles pagaram um ágio alto aqui porque acreditam no potencial de crescimento que a região como um todo vai ter e que a movimentação de passageiros vai trazer", afirma Bruno Schwambach, secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco.
Além de ampliar a movimentação, principalmente por contar com a administração da maior operadora aeroportuária do mundo em número de passageiros, outra perspectiva é aumentar as conexões a partir do Recife. Hoje, oito companhias aéreas operam no terminal pernambucano, com mais de 80 voos nacionais diariamente e frequência média de 43 operações internacionais por semana. 
"Montamos um grupo de trabalho para, juntos, fazer a atração de novas conexões para o aeroporto de Pernambuco e as perspectivas são muito boas. Teremos um operador experiente, o maior do mundo, e eles não iriam fazer uma aposta do tamanho daqui se não tivessem convicção. Vamos alavancar novas conexões, mas não é algo que acontece do dia para a noite, não é algo para o curtíssimo prazo", esclarece Schwambach.
Contribuição

Na quinta rodada de concessões dos aeroportos brasileiros, que incluiu o Bloco Nordeste, as novas concessionárias pagaram contribuição inicial de 50% do valor presente líquido (VPL) dos projetos acrescida do ágio. Além disso, elas deverão pagar outorga variável sobre a receita bruta, que será feira em percentuais crescentes do sexto ao décimo ano, tornando-se constante a partir daí até o final da concessão. Ela substitui a outorga de valor fixo, existente nas concessões anteriores, com objetivo de adequar os contratos às oscilações de demanda e à receita ao longo da concessão. No Bloco Nordeste, a contribuição variável sobre a receita brita da concessão será de 1,63% no 6º ano, atingindo 8,16% no 10º ano.

Da redação | PE mais 
Com informações do Diario de Pernambuco

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