28 de nov. de 2013

ALERTA: Crianças e o uso de tablets, smartphones e computadores

Uma em cada 5 crianças usa smartphones, tablets e aparelhos mobile todos os dias

Crianças são curiosas por natureza. Explorando o mundo à sua volta, os bebês aprendem quem são seus pais, a engatinhar, a falar, a andar e que tipo de comida gostam ou não de comer. Mas com o desenvolvimento do universo digital e do acesso à tecnologia, as crianças de hoje também aprendem outra coisa desde cedo: a navegar em smartphones, tablets, computadores e outros dispositivos móveis.

De acordo com uma pesquisa realizada nos Estados Unidos pela Common Sense Media, 38% das crianças com até dois anos de idade já utilizaram aparelhos mobile, como smartphone e tablets. Conforme as crianças vão ficando mais velhas, a porcentagem cresce: é de 72% entre meninas e meninos de até oito anos de idade. Entre as crianças nessa faixa de idade, aliás, já é possível dizer que o vínculo com tecnologia já virou um hábito. Segundo a mesma pesquisa, 17% da criançada com oito anos utiliza pelo menos um aparelho mobile todos os dias.

É verdade que existem bons aplicativos voltados para a infância, como os que reproduzem as histórias dos contos de fadas. Mas será que nossos filhos, sobrinhos e primos pequenos deveriam incorporar um dispositivo ao dia a dia ainda nessa fase da vida.

Crianças com smartphone: qual é a idade ideal para os pequenos terem um celular próprio?

Hoje, alertam os experts, é impensável manter o filho distante do mundo virtual
Se antes a preocupação dos pais era com o amplo acesso à internet que os filhos tinham dentro de casa, agora a dúvida é saber se devem ou não liberar o uso de smartphones, tablets... Saiba como lidar com essa situação!
"Meu filho de 9 anos pediu um smartphone de aniversário, pois seus amigos da escola têm. É cedo ou essa idade já é suficiente para ganhar o próprio telefone?"(pergunta enviada por leitora do site M de Mulher)

É preciso ter cuidado ao colocar um smartphone nas mãos de uma criança. Aos 9 anos, seu filho, claro, já é capaz de operar todas as funções do aparelho, mas talvez não saiba tirar o melhor proveito dele ou até caia em roubadas. Então, para tomar a decisão de presenteá-lo ou não, leve em conta a responsabilidade que ele demonstra no dia a dia. De qualquer modo, se optar por satisfazer a vontade dele, lembre-se de que deverá supervisioná-lo. "Quando uma criança pede um celular desses, não é para fazer ligações, mas para ter acesso à internet e a jogos", ressalta a psicóloga Andréa Jotta, pesquisadora do Núcleo de Psicologia e Informática da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo.

Como falta a crianças e adolescentes total consciência dos perigos da web, é fundamental estabelecer um diálogo aberto, deixando claro para seu filho que, se ele tiver dúvidas, entrar em apuros ou se meter em situações que parecem suspeitas, deve pedir ajuda a você. Uma ideia é, pelo menos no início, dar o aparelho sem um pacote de internet, fazendo com que ele apenas possa acessar a rede em ambientes com wi-fi - por exemplo, em casa. Dessa forma, você terá condições de ficar mais de olho no que o pequeno faz nos momentos em que está online. Mas, se preferirem, os pais também podem deixar para presentear com um smartphone ou tablet somente quando a criança for mais velha e houver a certeza de que já tem a responsabilidade necessária.

Hoje, alertam os experts, é impensável manter o filho distante do mundo virtual. Mas é aconselhável que ele seja bem orientado e incentivado a procurar atividades produtivas nele. "Em meio a milhares de jogos, há muitos que ajudam no aprendizado e abordam temas como lógica e ortografia de forma intuitiva e fácil de entender", diz Michel Lent, dono do Apps4kids, blog focado em aplicativos para crianças.

Tome cuidado, porém, para que o aparelho não vire o principal passatempo. Como a tecnologia é bastante atraente, a dica é manter a vigilância. Confira se ele anda fazendo as lições de casa direito, se cumpre as outras obrigações com a devida atenção e se costuma buscar um menu variado de entretenimento. "Crianças devem explorar o mundo virtual, mas também precisam se divertir com brinquedos reais e se relacionar com pessoas", ressalta Regina de Assis, doutora em educação pelas universidades americanas Harvard e Columbia, especialista em mídias e professora da PUC do Rio de Janeiro.

Finalmente, observe se seu filho quer o smartphone só porque os colegas têm e ele deseja conquistar status na turma. Nesse caso, não importa se a decisão é dar ou não o presente: "Ensine que ser alguém íntegro é mais importante do que possuir bens valiosos", sugere Regina.

Não queremos aqui julgar a qualidade dessas interações, mas é interessante notar como a internet na palma da mão pode não isolar, mas apenas reconfigurar as relações presenciais.

Outra dúvida muito comum que recebemos em nosso serviço por é em relação à idade ideal para se usar um tablet. A resposta curta é: “depende”.
Uma criança muito nova tem acesso muito restrito a um computador porque usá‐lo depende da aquisição da linguagem. Não há como usar um teclado sem antes saber o alfabeto. E pode‐se fazer muito pouco apenas com o mouse, já que compreendê‐lo depende do aprendizado de que ao movimentar o aparelho, a seta se move na tela. Convenhamos que a compreensão dessa relação pode não ser muito fácil para uma criança de 2‐3 anos, não é mesmo?
Já os tablets, possuem características muito mais similares às do mundo físico e por isso é tão fácil usá‐los. Praticamente não há aprendizado envolvido. Mesmo as crianças pequenas obtém uma resposta imediata ao apertar um ícone da sua tela e por isso, mesmo tão novas, já entendem o seu funcionamento. É como se eliminassem o intermediário entre o mouse e a seta.

O maior cuidado que devemos ter é justamente com o próprio aparelho, afinal não espere que uma criança de 3 ou 4 anos tenha o cuidado necessário ao manusear o seu “brinquedo tecnológico”, ou que ela compreenda como funcionam os aplicativos e a internet. Apenas tenha em mente que crianças muito novas se interessarão apenas pela resposta visual ou sonora ao toque. Provavelmente o conceito mais batido da nossa era é “As mudanças causadas pela internet”.

Engana‐se quem pensa que as mudanças provocadas pela rede mundial de computadores em nossas vidas cessaram. A computação móvel está mudando (e ainda vai mudar muito) o nosso modo de nos relacionarmos e de enxergar o mundo.
Então, resumindo, a nossa principal dica para os leitores preocupados com uso excessivo de celulares/tablets é sugerir que reflitam sobre esta questão: porque o conteúdo daquela tela de 4 polegadas se mostra tão interessante e, ao mesmo tempo, porque o mundo fora dela parece tão pouco atraente?

Já para os que se perguntam se podem deixar o iPad nas mãos do filho pequeno, podemos dizer: não há contraindicação, a menos que vocês não se importem com a destruição ocasional do seu aparelho...

Uso intenso dos aparelhos pode prejudicar a visão de crianças

O intenso uso de tablets e smartphones para jogar no celular, utilizar as redes sociais e a internet pode estar gerando problemas de vista em crianças. É o que alerta a ex-presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica, a Dra. Rosane da Cruz Ferreira. “A geração atual está desenvolvendo miopia, que é a dificuldade para ver de longe, mais precocemente e em ‘graus’ muito maiores do que as gerações anteriores”, alerta a doutora.

A miopia tem vários fatores, sendo os mais importantes o genético e o ambiental. A doença está associada ao esforço acomodativo, isto é, ver coisas pequeninhas muito de perto, em movimento ou no escuro. “Se a criança passa muito tempo em frente ao computador, joguinhos de celular, lendo ou vendo TV no escuro ou ainda assistindo filmes no DVD no carro, o cérebro ´entende´ que o importante é a visão de perto, que vai ficando cada vez melhor, em detrimento da visão de longe”, explica a consultora do Consulte Aqui, que disponibilizou para a Agência Jovem as informações sobre os efeitos do uso intensivo de aparelhos tecnológicos por crianças.



Os aparelhos modernos são prejudiciais e o risco de ter a doença aumenta se a criança tiver predisposição genética, ou seja, míopes na família, ou se for detectada uma tendência no exame oftalmológico de rotina.
Segundo dados divulgados pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) no início do ano de 2013, cerca de 15 milhões de crianças em idade escolar sofrem de problemas de visão, como miopia, hipermetropia e o astigmatismo. Segundo o conselho, a Agência Internacional de Prevenção à Cegueira, ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), estima que pelo menos 100 mil crianças brasileiras têm alguma deficiência visual e 33 mil ficaram cegas por causa de doenças oculares que poderiam ser evitadas ou tratadas caso descobertas precocemente.

Desde o nascimentos dos bebês até seu crescimento, é preciso que os pais providenciem acompanhamento médico para evitar possíveis doenças oculares; até os 2 anos de idade, é recomendável que a criança vá ao oftalmologista a cada seis meses. É comum que crianças com dificuldade de ler ou de aprendizado precisem usar óculos.


Escola Dinâmica
com apoio dos sites Agência Jovem, M de Mulher, Sony

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