Na entrevista, o prefeito respondeu, sem titubear, as perguntas feitas pelos debatedores do programa, inclusive nos pontos mais delicados. Confira o resumo da entrevista:
Como fica o grupo de situação, com a confirmação de pré-candidatura de Dimas
“O grupo de situação continua unido, continua coeso, continua firme e forte trabalhando pela cidade de Santa Cruz do Capibaribe, buscando investimentos e, acima de tudo, tendo uma equipe coesa e que tem um planejamento. Aqueles que, infelizmente, optaram por ter um caminho diferente, a gente respeita a posição e toca o nosso planejamento, até porque temos a certeza que a grande maioria dos santa-cruzenses, todos aqueles que estiveram conosco antes, pós e agora no período de administração, vão continuar entendendo o sentimento de união, de respeito, de palavra dada, de palavra firmada e, acima de tudo, de compromisso com Santa Cruz”.
Se ele considera os que ingressarem no projeto de Dimas e Da Fonte como dissidentes políticos dentro do grupo
“Não considero dissidência política. Acredito que eles optaram em ter uma terceira via, outro segmento em que vão ter uma candidatura de deputado estadual e de deputado federal. Nós vamos defender as nossas candidaturas de presidente, governador, de senador, de deputado federal e estadual. Aqui não tem um grupo que tem dois candidatos, aqui tem um grupo que tem um único candidato. Diferentemente da Situação, que apresenta dois candidatos para a população, nós apresentamos um candidato deputado federal e outro a deputado estadual. Respeito todas as posições das pessoas, até porque esse foi o meu modo, a minha educação e o meu linear foi sempre dessa maneira. Agora, eu tenho as minhas posições e as posições do grupo político de Santa Cruz do Capibaribe”.
Se Vânio Vieira é integrante de uma bancada de Terceira Via, como afirmou Diogo Moraes
“Foi a própria coletiva ontem que disse que está surgindo uma nova opção, um novo grupo político em Santa Cruz e Diogo só fez ratificar isso. Esse é o sentimento que se tem da bancada de Santa Cruz do Capibaribe na qual eu fico muito firme nas minhas colocações, até porque temos um compromisso. Eu creio que, o que for bom para Santa Cruz do Capibaribe, o vereador Vânio irá votar. A gente não tem essa preocupação, mas posso dizer que se tínhamos 10 vereadores unidos, hoje a gente tem nove unidos com um único objetivo”.
Como fica o relacionamento entre prefeito e vice
“Nosso relacionamento continua de respeito, continua o mesmo relacionamento que tínhamos antes. Esse pré-lançamento da candidatura de Dimas só confirmou aquilo que eu tinha dito anteriormente, quando ele concordou em sair da Secretaria de Educação. Ele optou em sair da secretaria porque, naquele momento, estava sinalizado que ele iria colocar seu nome como pré-candidato”.
Vale ressaltar que o próprio Dimas já citou que o prefeito sabia que ele apoiaria Eduardo da Fonte, antes mesmo de ser nomeado secretário de educação, fator que contradiz, de acordo com o vice, que o motivo para pedir exoneração teria sido a possibilidade de pré-candidatura a estadual pelo PP.
Afirmações de Diogo Moraes quanto ao sentimento de ingratidão por parte de Dimas Dantas
“Entendo todas as colocações do deputado Diogo Moraes. O deputado está sendo crucificado, foi peça importante também no jogo político de 2012. Vale salientar que toda a imprensa, toda Santa Cruz sabia que o candidato a vice-prefeito sairia do PSB e que era uma indicação do PSB. Nós conseguimos articular com o governador (na época Eduardo Campos), com o PSB, a não indicação de um membro do PSB para vice e essa indicação recaiu sobre Dimas. Defendi o nome, fui um dos que foi em frente, batalhei, lutei, fui até o fim e Diogo Moraes nos deu o aval. Eu compreendo todo esse processo de como o deputado se sente traído, magoado com toda essa situação, porque ele foi o avalista de tudo isso que aconteceu e a minha pessoa também. Então, eu quero dizer que todo esse processo que culminou com a nossa eleição, com a eleição do vice, dos vereadores, teve a participação do deputado Diogo Moraes”, frisou.
O prefeito completou que não entende que haja outra candidatura pelo grupo a não seja a do socialista.
O porquê de não ter se unido a Eduardo da Fonte, algo que poderia ter acontecido desde as eleições de 2012
Indagado pelo debatedor Euzébio Pereira, Edson Vieira ressaltou a importância de Sérgio Guerra, citando que o mesmo esteve com o prefeito nos momentos mais difíceis de sua carreira política. Em seguida, Edson desabafou um ponto que chamou a atenção: uma reunião ocorrida entre ele e Eduardo da Fonte em Brasília, pouco antes do falecimento de Sérgio Guerra.
“Eu fui a Brasília e, se você lembra das minhas colocações no rádio e em outras entrevistas, eu nunca tive objeção, nunca falei um milímetro a mais de Paulo Rubem. Porque que eu estou falando de Paulo Rubem… Vocês vão entender agora: Eu tive uma reunião com Eduardo da Fonte, que é meu amigo particular, não tenho nada contra a pessoa dele, vale salientar que ele veio em um comício meu, fez um pronunciamento e foi embora, eu agradeci (…). Quando tive uma reunião com o deputado em Brasília, com o testemunho de vários vereadores, a conversa foi curta e objetiva: “Se você deixar Sérgio Guerra, eu coloco “tantos milhões” em Santa Cruz. Eu não faço política dessa maneira, porque acho que aquilo foi uma afronta a pessoa (de Sérgio Guerra). Fui ao deputado Paulo Rubem junto com o vereador Afrânio Marques e ele não me pediu nada em respeito da situação política. Ele me pediu para que, “saindo uma emenda minha, quero que você me chame para a inauguração ou para liberação” e eu firme e pronto. Na verdade, nunca houve um convite de Eduardo da Fonte ou de outro membro para dizer: ‘vamos fazer uma parceria política aqui em Santa Cruz’”.
Afirmações de Da Fonte sobre projeto de candidatura para eleições municipais de para 2016
“Se tem candidaturas, eu não vejo que tem viabilidade. Eu não vejo e digo claramente: qual e a viabilidade, fora a candidatura de Diogo Moraes, que se tem hoje em Santa Cruz? Qual é o deputado que se tem possibilidades reais de chegar a ser deputado?! Não tem! Essa é a grande verdade”.
O posicionamento de Afrânio Marques e Ronaldo Pacas, que poderão apoiar outros candidatos a deputados federais
Nesse ponto, indagado pelo debatedor Romenyck Stiffen, o prefeito citou que essa situação já estaria resolvida, já que os demais vereadores se comprometeram em apoiar Diogo Moraes e que o prefeito respeitará o posicionamento dos demais na escolha para federal, mas citou que sua campanha será sim, feita em cima de um nome para deputado estadual e um a federal.
Já sobre a definição de quem seria esse federal, já que o “projeto Alessandra Vieira” é visto como sem viabilidade e que Bruno Araújo (PSDB) seria o escolhido, Edson citou que dará seu posicionamento até o fim dessa semana ou início da próxima.
Fonte: Blog do Ney Lima
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