24 de set. de 2014

Luciana Genro nega que discurso seja de difícil compreensão para eleitores


Dona de um discurso combativo, porém bastante intelectualizado e de difícil compreensão para boa parte do eleitorado, a candidata à Presidência da República pelo PSOL, Luciana Genro, justificou nesta quarta-feira (24) que existem temas mais complexos e outros mais simples a serem tratados na corrida eleitoral. Mas ela destacou como essencial trazer a discussão econômica à tona.

Com uma agenda política voltada para os assuntos ligados à área, é corriqueiro nos pronunciamentos da candidata defesas como “taxação sobre as grandes fortunas” e o “pagamento de alíquota de 5% ao ano para fortunas acima de R$ 50 milhões”. Porém a exposição dos temas acaba gerando uma incompreensão pelo eleitorado. Apesar de a candidata justificar que o discurso é totalmente “compreensível”.

Para Luciana, a estratégia de adotar o discurso é uma tentativa de desconstruir as candidaturas de Aécio Neves (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB), que, segundo ela, fazem promessas demagógicas, mas não explicam a origem dos recursos.

Os candidatos citados são tratados por Luciana como os “gêmeos siameses” na política econômica. A proposta dela, exposta no plano de governo, é combater o tripé macroeconômico – metas de inflação, superávit fiscal e câmbio flutuante. O partido promete promover mudanças estruturais na economia brasileira.

Questionada sobre a fácil comunicação do correligionário e candidato a prefeito de São Paulo Marcelo Freixo (PSOL), em 2012, Luciana rebateu afirmando que a disputa municipal é menos complexa e os temas tratados são mais corriqueiros. “É o tema da saúde, da educação que são mais dia a dia, mais palpáveis”, explicou.

As medidas propostas no plano de governo vão desde um “rígido” controle de capitais até o fim do superávit primário, passando por uma auditoria da dívida pública.

“Enquanto Dilma, Aécio e Marina disputam o posto de fiadores do ajuste fiscal e do cumprimento de metas do superávit primário, nosso programa parte da definição de que os recursos hoje destinados ao pagamento da dívida para as cinco mil famílias mais ricas serão destinados aos investimentos públicos, à saúde, educação, transporte e demais gastos sociais”, diz o texto.

O PSOL promete acabar com a abertura financeira “irresponsável” e diz que não concederá autonomia ao Banco Central. O programa propõe ainda “inverter a lógica do atual sistema tributário”, aumentando a tributação sobre a riqueza e a propriedade com o Imposto sobre as Grandes Fortunas.


Fonte: Blog de Jamildo

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