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| Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem |
A Arena Pernambuco virou um problema para o governo de Pernambuco. Um imbróglio político porque vai obrigar o gestor de plantão até 2043, todos os anos, a explicar porque tem que destinar verba do contribuinte para manter o equilíbrio do contrato com a Odebrecht na PPP celebrada para a Copa de 2014. Ano passado foram R$ 87,2 milhões. Este ano, R$ 93,8 milhões, gerando uma situação que incomoda Paulo Câmara.
Mas o problema não é ter que abrir rubrica para despesa com o estádio, já que ele não consegue gerar receitas para se pagar. O problema é que não há horizonte para que esse volume seja reduzido nos próximos anos. Como o contrato inclui remuneração para o Náutico (pelo mando de campo de seus jogos), na prática, isso quer dizer, que é o contribuinte que está pagando R$ 500 mil por mês para o Náutico jogar no estádio de luxo. Imagina o que pensam disso os torcedores do Sport e do Santa Cruz.
Não foi assim que foi vendido ao público. Mas foi assim que foi contratado e será assim que o Estado terá que bancar sua parte. Certo, há uma expectativa de que, nos próximos anos, as receitas do estádio possam reduzir as necessidade do governo. Mas é cada vez menor a perspectiva de que o dinheiro volte para a conta única com o crescimento das receitas da operação. Na prática, a Arena virou tema que a oposição terá sempre para fustigar o governo. Todo começo de ano.
Debate exigirá qualificação
O problema político que a Arena Pernambuco virou para a administração Paulo Câmara é sério, mas se a oposição deseja encaminhar um debate sobre o tema, é melhor se equipar com informações consistentes sobre os contratos e os números deles. Esse é o tipo do embate em que não dá para fazer fita comparando os gastos com outras coisas, do tipo daria para fazer isso ou aquilo. Até porque, se não se informarem bem, os gestores do governo e da Arena vão tirar onda dos questionamentos dos deputados.
Na coluna JC Negócios do Jornal do Commercio desta sexta-feira (13).
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