20 de fev. de 2015

Homicídios crescem 29,7% durante o Carnaval em Pernambuco

Secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, diz que não há fórmula “mágica” para diminuir índice de homicídio. Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem.
Um dia depois de o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), ter avaliado o Carnaval do Estado como “muito positivo”, o aumento nos números de homicídios trouxe à tona uma face negativa da folia. O número de mortes durante o Carnaval em Pernambuco cresceu 29,7% em relação ao ano passado. De acordo com a Secretaria de Defesa Social (SDS), da 0h do Sábado de Zé Pereira (14) até as 16h dessa quarta-feira (18), 83 pessoas foram assassinadas. No ano passado, o número de homicídios chegou a 64. Os dados sobre a atuação das polícias e do Corpo de Bombeiros foram divulgados em coletiva de imprensa realizada na tarde desta quinta-feira (19).

De acordo com o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, os números não surpreendem porque desde novembro o Estado já vem registrando aumento no número de homicídios.

Carvalho ressaltou ainda que o Governo está trabalhando para que os números do Programa Pacto Pela Vida voltem a cair, mas não existe “fórmula mágica e imediata”. O trabalho é intenso e a expectativa é que uma redução aconteça nos próximos meses.

Dos 83 homicídios praticados no Carnaval, apenas um ocorreu em área de folia, no polo de Dois Unidos, no Recife. No total, 18 pessoas foram assassinadas na capital pernambucana (em 2014 foram 10). Já em toda Região Metropolitana foram registradas 26 mortes, quatro a menos do que no ano passado (21).

Os números da violência cresceram ainda mais no Interior do Estado, onde 44 pessoas foram assassinadas, quase o dobro do ano passado (28).

PM – A Polícia Militar conduziu 636 às delegacias, a maioria por envolvimento em brigas e tumultos. 56 armas foram apreendidas, uma redução de 22,5% em relação ao Carnaval passado, quando 72 armas foram apreendidas. Já o número de apreensão de drogas (cocaína, crack e maconha) registrou um crescimento de 36,4%.
Com informações de Margarette Andrea, do Jornal do Commercio

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