26 de mar. de 2013

Cai nível da água em seis barragens

Racionamento, que começou no dia 28 de fevereiro, não ajudou a melhorar nível dos reservatórios do Grande Recife

Pirapama estava com 19,4% da capacidade um dia antes de o rodízio começar.
Apesar do  racionamento, índice caiu para 18,9% Guga Matos/JC Imagem
O racionamento de água, em seu primeiro mês de funcionamento, não ajudou a melhorar o nível das barragens do Grande Recife. O volume caiu em seis dos sete principais reservatórios de água da Região Metropolitana entre 28 de fevereiro, dia em que foi anunciado o sistema de rodízio no fornecimento, e ontem. O único manancial em que houve aumento foi em Bita, no Cabo de Santo Agostinho, que estava em 20,3% e saltou para 35,9%. As autoridades afirmam que, por enquanto, a falta de chuvas tem vencido a queda de braço e que, se a situação persistir, pode haver radicalização das medidas.

O rodízio foi estabelecido por um período inicial de 90 dias, sujeito a reavaliação, em 74 dos 94 bairros do Recife, sob um esquema de 20 horas com água e 28 horas sem. O arrocho no calendário do abastecimento decorreu do pouco volume de água nas nove barragens da RMR. A demanda local é de 15 mil litros de água por segundo, patamar alcançado em 2010, com a inauguração do Sistema de Pirapama. A oferta, antes, era de 10 mil litros por segundo – e voltou a ser durante os três meses de racionamento.

Pirapama, a barragem que mais contribui para o fornecimento de água da Região Metropolitana, estava com 19,4% de sua capacidade um dia antes de o rodízio ter início. Esse percentual, apesar do racionamento, caiu para 18,9%, de acordo com o boletim do monitoramento dos reservatórios divulgado ontem pela Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac). A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) tirava 3,5 mil litros de água por segundo de Pirapama antes do revezamento. Hoje, retira 2,5 mil.

O diretor de Regulação e Monitoramento da Apac, Sérgio Torres, explicou que o maior problema enfrentado é a escassez das chuvas. “O racionamento foi estabelecido para tirar menos água dos reservatórios e, como não choveu, é natural que o nível continue baixando. Sem rodízio, o negócio estaria ainda pior. Pirapama é o caso que mais nos preocupa”, disse. Pirapama pode reter mais de 60 milhões de metros cúbicos de água. A expectativa é que o problema seja amenizado a partir de maio, quando começa o período chuvoso no Grande Recife. “Se em maio não vermos chuvas significativas, podemos ter novas medidas, mas não agora”, ponderou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

.

.