7 de jun. de 2012

OPINIÃO: OLHANDO O FUTURO

Dr. Paulo Lima* 

Sempre ouvi falar que em política não de deve olhar para o passado. Sinceramente nunca ouvi lorota tamanha. É que na vida – e política é vida – não se pode olhar para o futuro sem enxergar o passado, ou as lições que dele devemos tirar. Explico. Quem nunca ouviu falar que a melhor escola é a vida? Não é à toa que os maiores expoentes da história política de nosso País, que podem servir de referência para as novas gerações, sempre se encontram na casa dos sessenta anos ou mais. É que a vida nos ensina lições valiosas. 

A exceção pode ser creditada a EDUARDO CAMPOS – e bota exceção nisso – posto que, como articulador político “botou o seu avô no chinelo”, falando no popular, com todo o respeito que merece ter o grande MIGUEL ARRAES. Mas, deixando de tergiversar e indo direito ao assunto, sou forçado a reconhecer que o PT não tinha outro caminho a trilhar, aqui no Recife, se não o de tirar JOÃO DA COSTA da jogada, como se tira um sapo cururu de nossa sala em dias de inverno em nossa região, quando o mesmo teima em ali permanecer contra a nossa vontade. E por falar em inverno, parece que este ano Deus não vai nos presentear com esta benção. Tem nada não... Vamos dar graças e, quem sabe, ano que vem teremos um inverno generoso, se Deus quiser! 

Não se sabe os motivos, mas tenho certeza de que, além da forte rejeição das ruas JOÃO DA COSTA deve ter cometido um pecado imperdoável e tinha que pagar com a sua expulsão do paraíso. 

É verdade. O poder se assemelha ao paraíso. É o maior afrodisíaco - já dizia TANCREDO NEVES – e faço a seguinte reparação: na minha modesta opinião o poder se assemelha a uma droga mais potente que o CRACK. É verdade. 

Vejam vocês que a maioria dos políticos, até aqueles que nunca experimentaram o poder, ficam totalmente submissos e dele dependentes, quando dele experimentam, um pouco que seja, como se estivessem num nirvana. Daí ser compreensível a luta tenaz que JOÃO DA COSTA travou aqui no Recife, para não se afastar do poder. Mas, JOÃO DA COSTA era muito fraco,como também o é HUMBERTO COSTA e a oposição só não ganha as eleições aqui no Recife, porque não tem um único candidato que seja um pouco melhor que HUMBERTO COSTA. 

Voltando ao assunto, eu bem que gostaria de descobrir por que o poder causa essa sensação nas pessoas. Eu até pedi um dias destes para JANINE, minha mulher, que, nas suas andanças pelas livrarias, se encontrasse um livro que tratasse do assunto comprasse para mim. JANINE é uma das pessoas mais inteligentes e preparadas que conheço - até agora não encontrou esse tal livro - se é que existe. 

Está explicado, portanto, porque as pessoas, ao experimentarem o poder não querem dele se afastar jamais, mesmo que tenham que se submeter a humilhações, como é o caso de alguns nossos conhecidos. 

Explica-se, também, porque alguns, após assumirem o poder, são capazes de trair até a própria mulher. Antes que alguns de vocês pensem em nomes, gostaria de dizer que não estou me referindo especificamente a nenhuma das figuras políticas de nosso meio. É só o modo de falar. 

Dito isto, gostaria, de, mais uma vez, sublinhar, que, a oposição tem amplas chances de tirar do poder esse pessoal que está na Prefeitura de Taquaritinga do Norte, bastando, para tanto, que não se deixe dominar completamente por este afrodisíaco. Afrodisíaco é muito suave, o poder é bem mais poderoso, conforme já frisei. 

A receita, ou melhor, o antídoto, todos conhecemos. Aqui, na nossa terrinha, diferentemente do Recife, a gente só precisa de um nome que não seja tão ruim como o do atual prefeito e, pelo visto já temos este nome. Bem melhor que EVILÁZIO, é bom frisar. 

Em tempo: para os que acreditaram que não escreveria mais nenhum artigo até as eleições, peço desculpas pela fraqueza e confesso: Eu não resisti. E vejam que até agora eu não experimentei o poder... 

Um abraço a todos. 

*PAULO ROBERTO DE LIMA é graduado em Filosofia pela Universidade Católica, bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Recife e atualmente exerce o cargo de Procurador Federal.

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