26 de abr. de 2013

Na TV Eduardo cumpre o prometido: pau no governo Dilma



Em programa em rede nacional, possível candidato à Presidência afirma que país corre o risco de retrocesso. Aliado cada vez mais distante da gestão petista, governador apresenta o PSB como opção de 'dar um passo adiante'

Em sua 'estreia' em rede nacional desde que começou a agir como possível candidato à Presidência, o governador Eduardo Campos (PE) usou ontem o programa de dez minutos do PSB para se apresentar como crítico independente do governo Dilma Rousseff e uma opção para 'dar um passo adiante'.

Protagonista da propaganda partidária em horário nobre, o governador e presidente nacional do partido repetiu de uma só vez as críticas que vem fazendo à gestão petista desde o início do ano.

'O Brasil precisa dar um passo adiante e nós do PSB vamos dar este passo junto com o Brasil', disse.

AMEAÇA
Aliado cada vez mais distante do Planalto, Campos ainda empregou tom de ameaça ao dizer que o país pode retroceder se não promover mudanças estruturais.

'Temos um Estado antigo, que ainda traz as marcas do atraso e do elitismo', disse. 'Ou avançamos agora ou corremos o risco de regredir', afirmou o governador, mas sem apresentar alternativas.

A peça cita a luta pela redemocratização no país. Além de Campos, apareceram no vídeo o líder do PSB no Senado, Rodrigo Rollemberg (DF), e o líder do partido na Câmara, Beto Albuquerque (RS).

CID E CIRO FORA

Destaques do partido no Nordeste, o governador do Ceará, Cid Gomes, e seu irmão Ciro não foram citados. Ambos são contra a candidatura de Campos ao Planalto.

A propaganda expôs problemas enfrentados pelo governo federal em educação, saúde, energia e produção agrícola e apontou que 'mudanças fundamentais', como as reformas fiscal e política, 'continuam sendo adiadas'.

No vídeo, Campos trouxe para seu partido parte do mérito de 20 milhões de pessoas terem deixado a pobreza extrema, uma das vitrines do governo petista, e disse que 'é possível fazer mais'.

NÃO A INCOMPETENTE

Apresentou Estados e municípios como vítimas de subfinanciamento federal e disse que um governante 'não pode ser nunca o dono da verdade'. Em outros ataques, Campos citou a 'velha política' de interesses 'instalados na máquina pública' e criticou o apadrinhamento político nas administrações.

'Cargo público tem que ser ocupado por quem tem capacidade, mérito, sobretudo espírito de liderança, e não por um incompetente que é nomeado somente porque tem um padrinho político forte', afirmou o pernambucano. (Folha de S.Paulo - Fábio Guibu e Daniel Carvalho)

Magno Martins

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