“Desde o início da ocupação do cais José Estelita, ativistas da Rede vem participando do movimento contra a destinação inadequada da área, realizada pela Prefeitura de Recife em 2008. Sempre defendemos o diálogo que vinha ocorrendo entre os integrantes do movimento, Prefeitura de Recife, governo do Estado e Ministério Público, processo que definiria em comum acordo qual a melhor destinação da área”, escreveu a pré-candidata.
“O pedido de reintegração de posse expedido pela Justiça e executado nesta terça-feira poderia ter seguido o mesmo princípio do diálogo, em vez de terminar com uma desocupação arbitrária. A ação violenta da polícia é inaceitável, desnecessária e está em desacordo com todo o processo que vinha sendo construído nas últimas semanas”, disse ainda.
A ocupação do terreno por manifestantes contrários à construção do empreendimento começou no dia 21 de maio, após o consórcio responsável pelo Novo Recife dar início à demolição dos galpões, com autorização da Prefeitura do Recife. De lá para cá, o prefeito Geraldo Julio (PSB) deu início a um processo de negociação entre as partes para tentar um possível redesenho do projeto.
A reintegração de posse havia sido dada pelo desembargador Márcio Fernando de Aguiar Silva, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), no dia 29, antes do início das negociações. Na última sexta-feira (13), o Tribunal teria pressionado o Governo do Estado a cumprir o mandado, o que legou a PM a realizar a desocupação no início da manhã dessa terça (17).
Segundo os manifestantes, o Governo do Estado descumpriu um acordo de dar um aviso prévio de 48h antes de realizar a reintegração de posse. Eles também alegam que a PM agiu com excesso e violência. Geraldo Julio também se queixou da condução da desocupação.
Fonte: Blog de Jamildo
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