23 de jun. de 2014

Semana decisiva para os últimos ajustes da campanha de Eduardo Campos

Socialista precisa fechar a montagem das coligações em alguns estados, como Minas Gerais, onde pode ficar também sem palanque próprio


A uma semana do fim da data limite para a realização das convenções partidárias pelo país, o presidendiável Eduardo Campos (PSB) ainda precisa acertar a montagem das chapas do partido em alguns estados. Apesar de o número não ser extenso, essa adequação mexe mais uma vez com a relação da legenda com os correligionários ligados à Rede Sustentabilidade. O exemplo principal é Minas Gerais, onde se prevalecer a vontade dos socialistas locais de apoiar a candidatura tucana de Pimenta da Veiga, Eduardo pode ficar sem palanque próprio, a exemplo de São Paulo e Rio de Janeiro - são os três maiores colégios eleitorais do país.

No sábado, os socialistas mineiros adiaram a decisão sobre os rumos do partido nas próximas eleições e delegaram a escolha à comissão executiva estadual. A estratégia tirou definitivamente do páreo a candidatura ao governo do estado do ambientalista Apolo Heringer, nome defendido pela Rede Sustentabilidade, de Marina Silva, pré-candidata à vice de Eduardo, e fortalece a tese de uma aliança com o PSDB, do candidato a governador Pimenta da Veiga e do presidenciável Aécio Neves.

Se essa tendência se confirmar, Eduardo vai ter que lidar com o cenário de não ter palanque próprio no três maiores colégios eleitorais e ainda apoiar candidatos de partidos dos seus principais adversários à Presidência: Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). Na última sexta-feira, o PSB indicou o deputado Márcio França para a vice do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que tenta a reeleição. Já no Rio de Janeiro, acertou com Lindberg Farias (PT) para o governo do Rio, compondo a chapa com Romário (PSB), ao Senado.

“Eu e Marina (pré-candidata à vice de Eduardo) dizemos que vamos governar o Brasil com os melhores. Nós podemos governar o Brasil com os melhores do PT, do PSDB, e de outros que até não tenham partidos. Não queremos ser os donos da verdade, que só presta se for filiado ao nosso partido”, argumentou Eduardo Campos, durante a tradicional festa junina organizada pelo governador João Lyra Neto (PSB), na fazenda Macambira, nas proximidades de Caruaru, na última sexta-feira à noite.

O evento reuniu aliados de diversos partidos que compõem a Frente Popular. Estiveram presentes o prefeito do Recife, Geraldo Julio; o pré-candidato ao governo, Paulo Câmara; e ao Senado, Fernando Bezerra Coelho, todos eles socialistas, além de Raul Henry (PMDB), Alberto Feitosa (PR) e os pedetistas Guilherme Uchoa e José Queiroz, respectivamente, presidente da Assembleia Legislativa e prefeito de Caruaru. Novos aliados, como o deputados federais Mendonça Filho (DEM) e Bruno Araújo (PSDB), também prestigiaram a festa.

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