21 de jul. de 2013

CARUARU: Feira da Sulanca vai mesmo sair do Centro

Prefeitura estimou em R$ 300 milhões valor para a retirada do equipamento do centro da cidade e será um dos grandes feitos da “era José Queiroz”



Mais uma vez, o futuro da Feira da Sulanca entrou em debate na cidade. Em recente reunião na Acic com representantes de entidades ligadas ao comércio, o prefeito José Queiroz estimou em R$ 300 milhões o valor para a saída da feira do centro de Caruaru. Porém, ainda não se sabe para onde as barracas serão levadas. O certo é que o projeto do novo local contará com infraestrutura para comportar a magnitude do equipamento.

No encontro, ficou elucidado que será realizada uma espécie de consulta popular sobre a transferência do equipamento da área central da cidade. Isso vai ser feito no mês de setembro, período em que a movimentação no Parque 18 de Maio ganha força por causa da proximidade do final de ano. “Esperamos que a consulta mostre uma consciência por parte dos feirantes. O pensamento tem de ser para o futuro”, afirma o presidente da Acic, Osíris Caldas.

A consequência da falta de decisão em relação ao futuro do espaço traz sérios prejuízos à movimentação no local. Um deles diz respeito a uma espécie de “evasão de compradores” para centros que ofereçam mais infraestrutura. “Nunca vi tamanha falta de estrutura. Tenho três clientes que deixaram de frequentar a Sulanca em razão da precariedade em que se encontra o espaço”, confirma Maria das Graças, que negocia na feira há 11 anos. Sobre o assunto, Osíris diz que a Sulanca passa por uma “asfixia geográfica”. “Ou seja, hoje poderíamos estar com um movimento ainda maior, recebendo compradores de outros locais, além dos tradicionais”.

No encontro, Queiroz garantiu que a mudança da feira deve ocorrer na atual gestão. Sobre o dinheiro que financiaria toda essa transferência, nada ainda foi detalhado. Já em relação aos R$ 300 milhões estimados para viabilizar o projeto, algumas especulações começaram a ser feitas. Isso porque Queiroz deixou claro que a prefeitura não teria como arcar com todo o montante. “Foi apresentada uma estimativa de valores que, possivelmente, deverão ser viabilizados por meio de parcerias com a iniciativa privada e com o Governo do Estado. Entendo, no entanto, que a PPP (parceria público-privada) consiga ser mais efetiva para esse tipo de projeto. Tudo, por enquanto, não passa de especulação”, esclarece o presidente da Acic.

Antes contrários à transferência da feira, os comerciantes agora enxergam na possibilidade uma saída para que a cidade tenha uma melhor fluidez. “Essa ação, pelo menos para a Acic, está totalmente ligada à revitalização da área, o que tende a facilitar o acesso de veículos por ali. Com essa revitalização, a tendência é que Caruaru ganhe uma nova área de desenvolvimento econômico”, acredita Osíris.

Do ponto de vista de mudança ou não, uma solução para a feira já vem sendo cobrada por parte da sociedade há muitos anos. Mas esbarrava na discussão sobre sua viabilidade. “Hoje em dia, a gente já acha que a saída da feira do Centro é a melhor solução. Na minha opinião, a mudança da Sulanca já deveria estar com um projeto definido e sendo trabalhado. Possivelmente, o terreno precisará de um forte trabalho de terraplenagem e estruturação”, completa Osíris.

LEGISLATIVO
Recentemente, uma comitiva formada por dez vereadores foi até Santa Cruz do Capibaribe para conhecer a estrutura do Moda Center. A visita atendeu uma solicitação feita pelo vereador Gilberto de Dora (PSB). Por lá, eles encontraram uma situação bastante diferente da que pode ser vista na Sulanca, com espaço para estacionamento, boxes organizados, hotéis e dormitórios.

“Vamos elaborar um relatório sobre o que vimos em Santa Cruz e depois entregá-lo para análise do Executivo”, justificou Gilberto.

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